FICHAMENTO EM 08.04.2011

FICHAMENTO:

TURISMO SUSTENTÁVEL E MEIO AMBIENTE

AUTOR: REINALDO DIAS.

FATE: FACULDADE ATENEU – MESSEJANA.

JOSÉ RUTHENHO RODRIGUES DE BRITO.

FUNDAMENTOS DA ECOLOGIA.

PROF. MARCOS VIEIRA.

CURSO GESTÃO EM TURISMO                    FORTALEZA, 28 de fevereiro de 2011.

FUNDAMENTOS DA ECOLOGIA

PROFESSOR: MARCOS VIEIRA.

FICHAMENTO: TURISMO SUSTENTÁVEL E MEIO AMBIENTE.

EDITORA ATLAS – SÃO PAULO 2003

DIAS, REINALDO.

BIBLIOGRAFIA:

1-     DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

2-     ECOTURISMO

3-     TURISMO.

CAPÍTULO 1º

Relação do turismo e a natureza, pg.09

Introdução

“diferentemente da indústria produtiva ou outras indústrias de serviços, o turismo não administra a maioria dos produtos e experiências que vende. No lugar dela, os gestores turísticos transportam os indivíduos para que conheçam os traços naturais, as atrações culturais e os estilos de vida de um destino turístico”..., pg.11 (Fullana e Ayuso 2020-14).

“O turismo, como qualquer outra atividade, apresenta aspectos positivos e negativos, que devem ser avaliados freqüentemente devido a sua intensa dinâmica e capacidade de estar em constante mutação”..., pg11.

Turismo e Meio Ambiente. Pg12

“De fato o capitalismo industrial, durante os sec. XVIII ao XX promoveu o desenvolvimento das sociedades baseado na intensa apropriação dos recursos naturais. Isso proporcionou melhora das condições de vida ao compararmos com a situação existente das condições de vida ao compararmos com a situação existente da época Pré-industrial.”..., pg12.

“Esse modelo de desenvolvimento predominante, que submete a sua racionalidade o conjunto de atividades que o sustenta,foi o mesmo adotado pelo turismo.”..., pg13.

“O turismo de massa, segundo Ruschmann (2001:110), é caracterizado por um grande volume de pessoas que viajam em grupos ou individualmente para os mesmos lugares, geralmente na mesma época do ano”,... ”e constitui-se num dos maiores agressores dos recursos naturais”. ..., pg15.

“Com o crescimento da crise ambiental, o turismo no final da década de 80 vê surgir uma demanda por um tipo alternativo ao então predominante sol e praia”. ..., pg16

“Busca de alternativas ao turismo tradicional tem levado a exploração de lugares novos, em muitos casos, com ecossistemas frágeis que correm o risco de uma rápida e irreversível degradação como um paradoxo, essa mudança de interesse pode voltar-se contra os espaços com um elevado valor ecológico”. ..., pg18.

“O impacto do turismo sobre o meio ambiente é inevitável”. ..., pg21.

“O importante na relação de turismo e natureza, é a compreensão de que o turismo tem essa característica: quando bem administrado, os impactos positivos são imensamente superiores aos negativos e contribuem decisivamente para a preservação”. ..., pg23.

Meio Ambiente e Turismo no Brasil. Pg23.

“Uma das atividades turísticas no Brasil é o turismo de pesca. É uma atividade muito cultivada nos grandes centros”. ..., pg25

“Atividade essa que se mal desenvolvida pode acarretar muitos danos a natureza e o bioma local”. ..., pg25.

“Em razão dessa modalidade de turismo, impõe-se a necessidade de se instruírem novas formas de exploração dos recursos naturais para fins turísticos”. ..., pg25

“Será preciso que as autoridades ambientais regularizem os momentos de pesca não predatória e que não sejam realizadas na época da desova. Preservando assim tanto as espécies de peixe quanto a pesca esportiva nas áreas onde a atividade é praticada. O IBAMA e outro órgão de proteção ambiental realizam já há muito tempo um grande trabalho junto aos agentes turísticos de certas regiões para diminuir os impactos ambientais”..., pg. 25

Aproveitamento dos Recursos Naturais para o Turismo. Pg25

“Como iniciativa de incentivar o turismo no nordeste brasileiro, foi criada em 1992 o programa de ação para o desenvolvimento turístico no nordeste (PRODETUR)... com o objetivo de viabilizar a construção de mega projetos hoteleiros ao longo do litoral nordestino”. ..., pg26

“No litoral nordestino, relacionados com programa, estão implantados ou em fase de implantação os grandes complexos turísticos de: Costa do Sauípe(BA); Projeto Orla(SE); Projeto Costa Dourada(PE-AL); Projeto Cabo Branco(PB); Projeto Turístico Parque das Dunas-Via Costeira(RN); Costa Do Sol Poente(CE); e Pólo são Luis Alcântara(MA)”. ..., pg26

“Por outro lado há a preocupação dos governos situados na zona de alto potencial ambiental, em desenvolver pólos turísticos alternativos”. ..., pg27

“Para que isso ocorra é fundamental aumentar a cultura de respeito ao meio ambiente”. ..., pg27

CAPÍTULO 2º

Tomada de Consciência dos Problemas ambientais, pg.29

Emergência da Problemática Ambiental

”A Revolução Industrial, que teve seu início na Inglaterra no sec.XVIII e rapidamente se espalhou por outros recantos do planeta promoveu  o crescimento econômico e abriu as perspectivas de maior geração de riquezas, que por sua vez traria prosperidade e melhor qualidade de vida.”,pg29

“A industrialização trouxe vários problemas ambientais, como a alta concentração populacional devido à urbanização acelerada; consumo excessivo de recursos naturais, sendo alguns não renováveis (Petróleo e carvão mineral, por exemplo); contaminação do ar, do solo, das águas; e desflorestamento, entre outros”..., pg29.

“O livro primavera silenciosa soou um alarme que provocou, nos anos seguintes, intensa inspeção de terras, rios, mares e ares por parte de muitos países, preocupados com danos causados ao meio ambiente. Em conseqüência, a poluição emergiu como um dos grandes problemas ambientais do mundo”. , pg30.

“Programa da UNESCO em 1971:

‘ Proporcionar os conhecimentos fundamentais das ciências naturais e das ciências sociais necessários para utilização racional e a conservação dos recursos da Biosfera e para o melhoramento da relação global entre o homem e o meio, assim como para prever as conseqüências das ações de hoje sobre o mundo de amanhã, aumentando assim a capacidade do homem para ordena relação eficazmente os recursos naturais da biosfera’”..., pg31

“Clube de Roma, empregando fórmulas matemáticas e computadores para determinar o futuro ecológico do planeta, previu um desastre a médio prazo.”... O relatório, sem meias palavras, expunha claramente (MEADOWS ET., 1973:40): ‘Se se mantiverem as atuais tendências d4e crescimento da população mundial, industrialização, contaminação ambiental, produção de alimentos e esgotamento dos recursos, este planeta alcançará os limites de seu crescimento no curso dos próximos anos. O resultado mais provável será um súbito e incontrolável declínio tanto da população como da capacidade industrial. ’”..., pg32

“O documento foi criticado por muitos segmentos e considerado ‘alarmista’, no entanto atingiu seu objetivo, influenciando a opinião pública, muitos governos e organizações internacionais. Ao mesmo tempo em que apontava o problema, o documento indicava o caminho a percorrer baseado na busca ‘de um resultado modelo que represente um sistema mundial que seja:

1. Sustentável, sem colapso inesperado incontrolável;
2. “Capaz de satisfazer aos requisitos materiais básicos e de todos os seus habitantes’”. ..., pg32

“No final de 1972 a assembléia geral da ONU prosseguiu o debate da problemática do meio ambiente, tendo como base as conclusões da Conferência de Estocolmo”. ..., pg34

“No ano de 1983, a Assembléia Geral da ONU, como reflexo do aumento crescente das preocupações ambientais, criou a Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (CMMAD), presidida pela primeira ministra da Noruega, Gro Harlem Bruntland, com o objetivo de examinar as relações entre meio ambiente e o desenvolvimento e apresentar propostas viáveis”. ... , pg35

“O informe Brundtland, da Comissão Mundial para o Meio Ambiente e  o Desenvolvimento, denominado ‘Nosso Futuro Comum’, divulgado em 1987, pode ser considerado um dos mais importantes documentos sobre a questão ambiental e o desenvolvimento dos últimos anos”. ... , pg35

“A proteção ambiental constitui parte integrante do processo de desenvolvimento, e não pode ser considerada isoladamente deste”. ... , pg36

“O meio ambiente e o desenvolvimento são duas faces da mesma moeda com nome próprio, desenvolvimento sustentável, o qual não se constitui num problema técnico, mas social e político (Guimarães, 1992:100)”. ... , pg36

“Como produtos desse encontro foram assinados cinco documentos que direcionariam as discussões sobre o meio ambiente nos anos seguintes. São eles:

- Agenda 21;

- Convenção sobre biodiversidade;

- Convenção sobre mudanças do clima;

- Princípios para Administração Sustentável das Florestas;

- “Declaração do Rio de Janeiro sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento”. ..., pg36

“Em dezembro de 2000, a assembléia geral da ONU resolveu que a CDS serviria de órgão organizador da Cúpula Mundial de Desenvolvimento Sustentável, conhecida Omo Rio+10, que ocorreria em Johanesburgo entre os dias 26 de agosto e 4 de setembro de 2002 e que teria como objetivo avaliar a situação do meio ambiente global em função das medidas adotadas na CNUMAD”. ..., pg37

“A definitiva vinculação da temática ambiental com as propostas de desenvolvimento pode ser considerada um marco no debate ambiental, pois, passados 20 anos, abriu-se a possibilidade para uma nova abordagem das questões ambientais vinculando-as com os problemas sociais típicos dos países subdesenvolvidos do sul, tais com a desigualdade e a injustiça social”. ... , pg38

“Ao constatarem que os problemas ambientais eram fundamentalmente globais, os países do norte tentaram fazer crer que as responsabilidades deveriam ser globalmente distribuídas, desconsiderando desse modo os diferentes estágios de desenvolvimento em que se encontravam os outros países”. ..., pg38

“A busca de uma agenda comum de ataque à pobreza e à destruição ambiental constitui-se num objetivo que une países desenvolvidos e os em desenvolvimento nos fóruns internacionais, que, embora apresentem diferentes propostas no enfrentamento do problema, concordam em que somente a adoção de estratégias comuns poderá enfrentar o duplo desafio que representem a pobreza e o meio ambiente”. ..., pg39

Nova Realidade Ambiental global

“Essa mudança no eixo pelo o qual se articulam os interesses no sistema mundial provoca na década de 90, particularmente após a ECO-92, um aumento do número de tratados e acordos multilaterais internacionais. Ao mesmo tempo, aumenta as medidas normatizadoras tomadas pelos organismos financeiros internacionais que contribuem para desenhar um quadro em que se configura a construção de uma nova ordem ambiental mundial”. ..., pg40

“O Brasil e a Venezuela denunciaram os Estados Unidos na OMC, alegando que este país estaria adotando práticas discriminatórias ao dificultar a entrada de gasolina dos dois países, sob argumento de que o produto não estaria de acordo com os padrões ambientais norte-americanos. Só para se ter uma idéia das repercussões da medida norte-americana, houve queda de 8,16% nas exportações brasileiras de gasolina para EUA em 1995, o que contribuiu para uma retração de 1,5% nas vendas totais do Brasil para esse país”. ..., pg41

“Tanto o Brasil quanto a Venezuela não questionam as normas de controle da poluição estabelecidas por Washington, mas reivindicam isonomia no tratamento,..., pg42

“De todo modo, fica exemplificado que, embora grande parte das iniciativas de regulamentação ambiental parta dos países centrais, e sem dúvida nenhuma expressam seus interesses, o fato é que o processo de globalização traz para o cenário internacional nova realidades e novas formas de intervenção nessa realidade que podem alterar e até mesmo redirecionar iniciativas prejudiciais aos países em desenvolvimento”. ..., pg42

Ação global das ONGS

“As organizações não governamentais, embora não tenha o peso político de outros atores decisivos, como os Estados-nações, as empresas transnacionais e as agencias multilaterais, conseguem contrapor-se a muitos deles no cenário internacional, com propostas críticas ou, quando se faz necessário, até mesmo com ações diretas”. ..., pg42

“O Greenpeace, exemplificado por Carvalho (1995), apresenta uma territorialidade contínua em sua representação formal (21 países), além de atuar em muitos outros, formando uma rede com outras ONGS ecológicas. Atuando solidariamente, essas organizações pensam os problemas em todos os quadrantes, ‘investindo um esforço especial e de capital mínimo, sendo a informação e a participação seus recursos máximos”. ..., pg44

“Existem ONGs de todos os tamanhos e áreas de influencia. Podemos encontrar as que têm atuação localizada, com poucos filiados e recursos mínimos e encontraremos outras que apresentam ação global, com milhares de filiados e doadores e recursos imensos”. ..., pg45

“O fato é que o aumento da participação das ONGS no plano internacional só tende a  aumentar, particularmente quanto mais cresce o sentido da necessidade de estabelecerem parâmetros de participação global”. ..., pg46

Sustentabilidade Como Novo Paradigma do Desenvolvimento

“O relatório produzido pela Comissão Brundtland (Nosso Futuro Comum) apresentou pela primeira vez uma definição mais elaborada do conceito de DESENVOLVIMENTO SUSTENTAVEL”. ..., pg46

“Procura estabelecer uma relação harmônica do homem com a natureza, como centro de um processo de desenvolvimento que deve satisfazer as necessidades e as aspirações humanas. Enfatiza que a pobreza é incompatível com o desenvolvimento sustentável e indica a necessidade de que a política ambiental seja parte do processo de desenvolvimento e não mais uma responsabilidade setorial fragmentada”. ..., pg47

“Fica claro que o conceito da margem a interpretações que de um modo geral fundamentaram-se num desequilíbrio nos três eixos fundamentais no conceito de sustentabilidade: o crescimento econômico, a preservação ambiental e a equidade social. O predomínio de qualquer desses eixos desvirtua o conceito, e trona-se manifestação de interesse de grupos isolados do contexto mais geral, que é o interesse de toda a humanidade”. ..., pg49

“A busca de um desenvolvimento sustentável vai à busca de uma revalorização das formas tradicionais de produção, na qual se geram novas formas de organização produtiva em quase todas as atividades econômicas e práticas sociais. O turismo, como atividade econômica e pratica social, não pode estar à margem dessa reinterpretação, na qual se estabelecem novos conceitos e significados que reorientam a relação do homem com a natureza e com seus semelhantes”. ..., pg50

CAPÍTULO 3º

O Turismo sustentável

Evolução da Percepção dos Problemas Ambientais do Turismo

“Paralelamente ao crescimento da consciência ambiental, o turismo se desenvolveu de forma bastante rápida, e na mesma perspectiva dos demais segmentos da economia, como a utilização intensiva dos recursos naturais e sem uma preocupação com a preservação desses atrativos que formam a base de sustentação da atividade”. ..., pg51

“Para fazer melhor nos propomos projetar, testar e transmitir através de um sistema abrangente, multidimencionada e auto-projetada, envolvendo a perspectiva ambiental, econômica, de saúde, nutricional, psicológica, e outras fortemente relacionadas com o turismo, para expressar o propósito de fazer do turismo um instrumento útil as necessidades perceptíveis e para o eco desenvolvimento: útil não somente para o atendimento das necessidades perceptíveis e não perceptíveis dos turistas, mas para as necessidades ambientais, culturais e econômicas das comunidades locais, nacionais e internacionais com quem estes entram e contato”. ..., pg52

“(OMT, 1980 apud DIAS e AGUIAR, 2002):

Os recursos turísticos de que dispõem os países estão constituídos por sua vez por espaço, bens e valores. Trata-se de recursos cujo emprego não pode deixar-se a uma utilização descontrolada sem correr o risco de sua degradação, e mesmo de sua destruição. A satisfação das necessidades turísticas não deve constituir uma ameaça para os interesses sociais e econômicos das populações das regiões turísticas, para o meio ambiente, espacialmente para os recursos naturais, atração essencial do turismo, nem para os lugares históricos e culturais. Todos os recursos turísticos pertencem ao patrimônio da Humanidade. “As comunidades nacionais e a comunidade internacional inteira deve desenvolver os esforços necessários para a sua preservação”. ..., pg55

“Promover uma utilização e uma contribuição econômica mais ampla das zonas florestais, incorporando o turismo ecológico na organização e planejamentos florestais”. ..., pg56

“Conteúdo do capítulo 11, ‘Luta contra o desflorestamento’ e capítulos 13 e 14

“Agenda 21”

“No que diz respeito as áreas de ação para a autoridade do setor publico e do turismo, enfatiza seu caráter promotor, avaliador, impulsionador, facilitador e coordenador do desenvolvimento das atividades turísticas. No caso das empresas e atores situados dentro da cadeia turística, o documento propõe ações para minimizar e controlar o impacto da atividade turística nos recursos naturais, e também para impulsionar a participação das comunidades e da sociedade em ações de planejamento e propostas que contribuam par o desenvolvimento sustentável”. ..., pg58

“No princípio dos anos 90, WWF e o Turismo Concern, apresentaram uma definição de turismo sustentável,... que àquela que opera dentro das capacidades naturais de regeneração e produtividade futura dos recursos naturais; reconhecem à contribuição das pessoas e comunidades, costumes estilos de vida fazem a experiência do turismo; aceita que essas pessoas devam ter uma participação equitativa nos benefícios econômicos do turismo; e é guiado pelos desejos das pessoas e comunidades locais nas áreas visitadas”. ..., pg59

“entretanto, adverte que se não adequadamente planejado e monitorado, o turismo pode significar a degradação do meio ambiente do qual é dependente”. ... , pg59

“Em alguns países em desenvolvimento, o turismo se revelou como um fator econômico fundamental que propiciou o desenvolvimento de infraestruturas, a criação de empregos, fonte de renda, arrecadações propiciadas por cobranças de imposto e outros benefícios notáveis para as comunidades locais. Os países em desenvolvimento atravessam períodos difíceis, não somente em relação à gestão do meio ambiente, mas também ao bem-estar econômico e o crescimento do mercado turístico. O maior problema que o setor turístico desses países enfrentava era a melhoria das condições da população, e também tinha importância fundamental a criação de oportunidade de emprego sustentável e a promoção de novas empresas, assim como uma capacitação adequada”. ... , pg63

“Na ausência de um planejamento e organização adequada, o desenvolvimento do turismo poderia contribuir para um aproveitamento intensivo ou inadequado do território, que poderia causar desflorestamento, erosão dos solos e perda da diversidade biológica”. ..., pg63

Conceito de Desenvolvimento Turístico Sustentável

“A aplicação dos princípios da sustentabilidade ao turismo integra-se a dicotomia existente entre sua ampla difusão e as limitações dos progressos alcançados. A notável repercussão desses princípios no campo do turismo tem possibilitado que o paradigma da sustentabilidade aglutine o debate em torno das implicações do turismo para o desenvolvimento e seus efeitos ambientais, socioculturais e econômicos”. ..., pg66

“Em resumo, podemos afirmar que o desenvolvimento turístico deverá fundamentar-se sobre critérios de sustentabilidade, ou seja, preservado ecossistema a longo prazo, tornar-se viável economicamente e ser equitativo do ponto de vista ético e social para as comunidades locais. O turismo coloca-se hoje como um poderoso instrumento de desenvolvimento e como tal pode e deve participar ativamente de qualquer estratégia de desenvolvimento sustentável”. ..., pg71

Perspectivas de um Desenvolvimento Turístico sustentável

“Para atingir a sustentabilidade no turismo, é imprescindível a participação do Estado e a existência de planejamento. Por outro lado, não se pode conceber o turismo sem a participação de diferentes setores da economia. Em praticamente todas as situações que envolvem atividades turísticas, há a presença do setor público(Estado) e setor privado (Empresas) e crescente participação do terceiro setor (Entidades sem fins lucrativos)”. ..., pg72

“AOMT (1996) relaciona indicadoras-chaves fundamentais para se obter a sustentabilidade do destino turístico e indica medidas específicas que devem ser tomadas em cada caso”. ..., pg73

“Para atingir a sustentabilidade de um destino turístico, é necessário esforço integrado dos diversos atores do processo: residentes, turistas, governantes, empresários, operadores, etc.”

“... Buscarão integrar os recursos naturais e culturais num processo de planejamento que estabeleça um desenvolvimento gradual e permanente diferente daquele tradicional, que sacrifica o futuro, privilegiando os ganhos econômicos e financeiros imediatos e sobre uma base tecnológica prejudicial ao meio ambiente”. ..., pg75

“Um planejamento comprometido com a preservação ambiental, viável economicamente e equitativo do ponto de vista social”. ..., pg75

CAPÍTULO 4º

Impactos Ambientais do Turismo

Efeitos do Turismo no Meio Ambiente

“O turismo foi durante muito tempo considerado uma atividade econômica limpa, não poluente, geradora de amplo leque de oportunidade s de empresas que não lançavam fumaça na atmosfera, como as fábricas”,... , pg77

“..., Há muita contribuição potencial e efetiva do turismo para o gerenciamento do meio ambiente”. ..., pg78

“Em todo caso, experiências internacionais e algumas nacionais demonstram que o turismo, quando integrado a um processo de planejamento desde seu inicio, pode produzir efeitos positivos no trato com meio ambiente”. ..., pg79

Monitoramento e Capacidade de Carga

“O monitoramento deve ser identificado como um dos aspectos essências do desenvolvimento turístico sustentável, principalmente nos ambientes naturais mais sensíveis”. ..., pg80

“As considerações quanto à capacidade de carga deve levar em conta dimensões econômicas, sociais, culturais e ambientais. Quais decisões têm que partir do princípio da informação e consentimento prévios”. ..., pg81

“Assim a capacidade carga é função de numerosos componentes do sistema turístico. Esses componentes estão todos inter-relacionados e interagindo. Sua maior interação resulta em maior dificuldade de implementar a capacidade de carga”. ..., pg86

“A capacidade de carga pode contribuir para o desenvolvimento de um plano estratégico de gerenciamento para o turismo, mas não pode considerar como uma estrutura de gerenciamento em si”. ..., pg86

Impactos Ambientais do Turismo de Modo Geral

“Podemos identificar três áreas principais de ocorrência de impactos ambientais do turismo de modo geral: relacionados com recursos naturais, coma poluição, e os impactos físicos de modo geral”. ..., pg87

Relacionados com Os recursos Naturais

“A água, recursos da terra, energia, alimentos, e outros produtos que devam existir em quantidade suficiente para abastecer a população local”. ..., pg88

Relacionados com a Poluição

“O turismo pode causar os mesmos tipos de poluição que os das indústrias: poluição sonora, emissões gasosas, barulho, lixo e resíduos sólidos, lançamento em esgotos de óleo e produtos químicos, poluição visual e arquitetônica.”..., pg88

Impacto Físico

“Locais com paisagem atrativas, como praias com areia branca, lagos, margem de rios e topos de montanhas são de geral, zonas de transição, caracterizadas por ecossistemas ricos em espécies. Há impactos físicos característicos de degradação desses ecossistemas”. ..., pg90

Impacto Físico do Desenvolvimento Turístico

“As construções e o desenvolvimento da infra-estrutura e das instalações turísticas, como as acomodações, o suprimento de água, restaurantes e área de lazer, pode envolver a mineração de areia de praia ou de rios e a erosão de dunas de areia, a erosão do solo e a extração de rochas e pedras. Acrescente-se a isso a construção de rodovias e aeroportos que podem levar a degradação da terra, a perda dos habitats da vida selvagem e a deteriorização do cenário natural”. ..., pg91

“O insustentável uso da terra e o desflorestamento”. ..., pg91

“Construções na beira dos rios, lagos e mares

Podem acarretar mudanças no equilíbrio do ecossistema... “Podem afetar, por exemplo, regiões de desova de tartarugas, tanto na água doce quanto marinha”. ..., pg92

Impactos Físicos das Atividades Turísticas

“Pisoteamento: os turistas que utilizam a mesma trilha ao longo do tempo pisoteiam a vegetação e o solo,...

“Atividades na água: ao longo das costas dos mares, rios ou lagos, nos recifes etc., muitas atividades praticadas pelos turistas ocorrem, e se dão dentro ou em torno dos ecossistemas local, levando a sua destruição ao longo do tempo”. ..., pg92

“Construção na beira dos rios, lagos e mares podem acarretar mudanças no equilíbrio dos ecossistemas podem acarretar alem disso, a extração de material de construção, como a areia, afeta os recifes de coral e os mangues, por exemplo, causando a erosão e a destruição desses habitats”. ..., pg92

Impactos Ambientais do Turismo no Âmbito Global

“A Perda da biodiversidade, em termos globais, pode causar os seguintes problemas: ameaça o suprimento alimentar dos seres humanos; interfere com funções ecológicas essenciais, como o equilíbrio das espécies; diminui a produtividade dos ecossistemas, conseqüentemente reduzindo a capacidade humana de extrair maiores produtos naturais para a sua alimentação; desestabilizar os ecossistemas e enfraquece sua habilidade de enfrentar os desastres naturais, como inundações, secas, e furacões, além dos provocados pela a ação humana, como o aumento da população ou as mudanças climáticas”. ..., pg94 

“Diminuição da camada de ozônio”;

“Mudanças climáticas são as conseqüências da exploração descontrolada dos recursos naturais através das fontes de energia não renováveis”. ..., pg95

Como os Impactos Ambientais Globais Afetam o Turismo

“A. Desastres naturais: como inundações, terremotos, incêndios, atividade vulcânica, avalanches, epidemias, secas etc. podem trazer sérios efeitos para a atividade turística em qualquer nível. O medo da difusão de epidemias tem prejudicado a atividade turística”.

“B. Mudanças climáticas: o turismo não só contribui para as mudanças climáticas, mas também é afetado por elas. A não regularidade da temperatura afeta muitas localidades, que sofrem prejuízos com a diminuição da vinda dos turistas”. ..., pg96

Efeitos Provocados por Outras Indústrias Sobre o Turismo

“Impactos provocados por outras indústrias muitas vezes tem efeito bastante dramático para o meio ambiente e podem afetar seriamente o turismo: vazamento de óleo; utilização de herbicidas e pesticidas na agricultura e descargas industriais pode causar poluição na água; praticas destrutivas como pesca comercial com bombas, com produtos químicos, com equipamentos proibidos podem acabar com os peixes destroem os recifes de corais”. ..., pg97

Contribuição do Turismo para a Conservação do Meio Ambiente

“A indústria turística pode contribuir para a conservação por meio de contribuições financeiras, melhorando o planejamento e o gerenciamento ambiental, elevando a consciência ambiental, protegendo e conservando os ambientes naturais, tornando-se uma alternativa de emprego e estabelecendo

Limites a visitação em áreas que apresentem ecossistemas frágeis;... Contribuição direta com a conservação dos habitats e das áreas mais critica do ponto de vista ecológico;... Contribuição financeira obtidas por fontes governamentais são contribuições indiretas;... Aperfeiçoamento do planejamento e gerenciamento ambiental;... Aumento da consciência ambiental;... “Proteção e preservação”. ..., pgs98 e 99

“Geração de empregos alternativos;... Estabelecimento de medidas de controle”. ..., pg100

Importância do Planejamento

“Há necessidade de buscar um marco de qualidade ambiental para o turismo, dada sua estreita vinculação com o meio ambiente”. ..., pg100

“Um aspecto importante do planejamento turístico é o papel fundamental reservado ao Poder Público. O turismo não é uma atividade inteiramente privatizável”. ..., pg100

“Somente desse modo a atividade turística pode contribuir para gerar uma serie de inversões no meio ambiente que resultarão na conservação do meio e na manutenção e possível incremento de novas correntes turísticas nas áreas nas quais se aplique uma política de sustentabilidade, com a melhora da paisagem e a conservação dos recursos naturais”. ..., pg101

Resumo:

O autor no primeiro capítulo vai discorrer sobre o apurado geral do assunto abordado no livro. Para ele o turismo vai alem das atividades relacionadas com “sol e praia”. O turismo deve ser algo incorporado a comunidade em torno, a natureza e o ecossistema como um todo.

Já no segundo capítulo o autor vai limitar-se a descrever diversos encontros mundiais sobre o meio ambiente, sobre a poluição das indústrias e a ação predatória do homem desordenando o equilíbrio ecológico. Mostra a preocupação das nações com o aquecimento global, destruição da camada de ozônio, desequilíbrio ecológico, escassez da água, falta de alimento e empobrecimento do solo e a fome nas nações mais pobres. O autor cita entre tantos encontros mundiais, Agenda 21, Eco Rio, Rio+, Clube de Roma entre tantos outros encontros com a temática ambiental. Dá uma idéia geral das várias ONGS que procuram trabalhar em favor da preservação da natureza.

E o surgimento pela primeira vez da expressão desenvolvimento sustentável.

No terceiro capítulo o autor aprofunda o termo desenvolvimento sustentável e vai abordar sobre o tema do turismo e a natureza. Acreditando que o turismo é capaz de realizar um desenvolvimento sustentável e menos agressivo ao meio ambiente.

No quarto capítulo fica bem claro a intenção do autor em defender seu ponto de vista dando pistas de que o turismo não só é rentável economicamente viável e se houver das autoridades competentes e da iniciativa privada um planejamento qualificado o turismo será menos agressivo e até sustentável.Planejamento esse que passa pela preocupação primordial com a natureza, a exploração ecológica e a conservação dos ecossistemas naturais.

Comentário:

Realmente o turismo foi e é um grande gerador de emprego e renda no setor econômico. Como a indústria também polui e agride o meio ambiente. É um dos setores que mais cresce e ainda que trás ano após ano pessoas sedento em explorar e conhecer lugares atrativos e de natureza exuberante para descansar e relaxar.

Não acredito de fato que os grandes empresários do setor estejam preocupados com o desenvolvimento sustentável e sim com os lucros e o retorno financeiro do investimento nas instalações de seus empreendimentos.

Cabe ao setor público a responsabilidade de fiscalizar, de orientar, de cortar exageros, de captar recursos para a conservação da natureza e a sobrevivência das comunidades em torno ao empreendimento. Cabe também a sociedade ter um compromisso real com a problemática ambiental, que interessa a todos nós, pois o nosso futuro depende da conservação dos recursos naturais como: a água, o ar, a terra, a vegetação e alimentação. Deve ser um compromisso cotidiano apagar as luzes, andar menos de carro nos lugares mais próximos, procurar usar os meios de transportes públicos, reciclarem o lixo enfim uma vigilância real e compromissada.