Coito anal diante do desescolarizado ou “limítrofe”


Na base de Freud (uma nota de rodapé do Mal estar na civilização) e de certa antropologia geral, uma vez eu disse que o pré-humano usou da prática do coito anal como uma alternativa comum à prática do coito vaginal, principalmente quando o pré-humano possuía cio (uma vez sendo, de fato, um pré-humano).
Fora da época do cio, talvez a prática do coito anal tenha sido uma alternativa para a fêmea que não quisesse lutar para espantar o macho. No tempo que não se está no cio, a vagina se fecha e o coito fica impossível, então, a prática do coito anal permitia que o macho mais forte ficasse com fêmeas e outros machos, tomando-os todos para ele, usando-os a qualquer momento (claro que sempre é possível o estupro vaginal, mas o coito anal pode ser uma saída “consensual” para evitar o estupro). Ora, podendo utilizar-se do coito anal indiscriminadamente, então o hominídio ou algo parecido com isso pode simplesmente se divertido muito sem dar atenção se estava com fêmeas ou machos, como, aliás, fazem todos os mamíferos até hoje, e de certo modo também nós. 
Mas por que o quase-humano gostaria de fazer sexo fora do cio? Teria ele se desprendido da natureza assim, sem mais? Estando em posição não ereta ainda, mas já semi ereta, a linha de visada que vai do rosto de alguém à vagina talvez ficasse até mais tortuosa (principalmente fora do tempo do cio) do que a linha de visada do rosto ao ânus, e tudo isso mais independente do nariz (do faro) e, então, mais dependente dos olhos. Essa disposição espacial e anatômica, semi ereta e ereta, passou a chamar a atenção do macho, especialmente do macho mais forte, dominador, mais para o ânus e, claro, para os glúteos. Como o desejo evoluiu, há muitas hipóteses, mas isso modifica pouco esse relato, ao menos até aqui. Os glúteos passaram a chamar a atenção. Os glúteos garantiam o sexo para além dos ciclos da natureza, fornecendo assim um salto para o que chamamos hoje cultura, no caso, o sexo como nós o praticamos, sem qualquer vínculo com períodos que determinam desejo e atração (o quanto nos libertamos totalmente de ciclos naturais é controverso).
Bem, qualquer um que fez o ensino médio ou uma faculdade pode entender isso perfeitamente. Mas quem começou a ler coisa de adulto, tendo mentalidade infantil por ter fugido da escola, não entende isso. Vi um indivíduo assim, que leu isso e não tendo conseguido (um defeito mental?) completar o ensino primário, não conseguiu saber do que eu falava, e então achou que eu estava dizendo que “o homem começou pelo coito anal”.
É sério, existe gente assim, completamente estúpida. Esse indivíduo fez igual a uma mulher na Casa do Saber que, tendo ficado sabendo que na Grécia antiga havia pederastia, não entendia como que a Grécia, hoje, pode existir; como que procriaram? Sim, era o que essa senhora frequentadora das aulas de um Pondé na Casa do Saber achava estranho! 
É esse tipo de gente que vai em manifestações e escreve “Intervention Alredy” em suas faixas. É esse tipo de gente, uns pobretões e outros ricos, que são casos de inteligência limítrofe. Em tempos atuais, essa gente está aparecendo aqui e ali e, nós, que estudamos, e que ficamos horrorizados com isso, temos de aguentar tais pessoas falando aqui e ali por conta de nosso dever de, digamos, tolerância democrática. Estamos vivendo no Brasil a emergência social do Freak Show por conta desses indivíduos. 
Paulo Ghiraldelli, 58, filósofo.

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