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Mostrando postagens de março 20, 2011

TERRAL

Eu venho das dunas brancas, Onde eu queria ficar, Deitando os olhos cansados, Por onde a vida alcançar, Meu céu é pleno de paz, Sem chaminés ou fumaça, No peito enganos mil, Na Terra é pleno abril. Eu tenho a mão que aperreia, eu tenho o sol e areia, Eu sou da América, sul da América, South America, Eu sou a nata do lixo, eu sou o luxo da aldeia, eu sou do Ceará. Aldeia, Aldeota, estou batendo na porta prá lhe aperriá, Prá lhe aperriá, prá lhe aperriá, Eu sou a nata do lixo, eu sou o luxo da aldeia, eu sou do Ceará. A Praia do Futuro, o farol velho e o novo são os olhos do mar, São os olhos do mar, são os olhos do mar, O velho que apagado, o novo que espantado, vento a vida espalhou, Luzindo na madrugada, braços, corpos suados, na praia falando amor. Terral, Ednardo.